Aquela sessão de cuidados digna de um spa
Quando você toca e sente as curvas
Do sorriso, as covinhas
Dos olhos que quase não aparecem nas fotos quando ri
De quando as mãos vão descendo
Arrepio da pele
Não por ser novo o toque, mas por fazer tempo que você não se conhecia
Não se dedicava a si, por si
Quando sente o choque dos dedos frios no corpo recém disposto
Em baixo do chuveiro
Água quente, músculos tensos
Pedindo por relaxamento
E usa uma máscara, hidrata a pele
(maior órgão do corpo humano)
E os cabelos, desembaraça
Desembaça aquele filtro ruim
Da pessoa que você não suportava ver no espelho
Mas agora é uma nova chance
Secar o corpo obedecendo o desenho do corpo, mãos e pés
Delicado, mas determinado
Depois disso tudo, conseguir se encarar no espelho nua novamente
Você enxerga características que não queria
Algumas dobras a mais, alguns ossos expostos
Algumas olheiras como sempre
Mas hoje não, mal
Um pijama, um brigadeiro de colher ou pipoca, um filme de aquecer o coração
E dormir feliz.
(coisas delicadas são vistas como femininas, mas não é só assim que as coisas funcionam)
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