Ela morava na minha memória como as lembranças
Do dia do balanço, da boina rosada, dos cabelos ruivos ao vento
Daquele outono dos meus quatorze anos
Quando soube o que seria o tal do amor à primeira vista
E ela escapou por meus devaneios.
Hoje, quando pinto, sempre tem algum traço daquela cena emoldurada
De como o vento levava as folhas e os fios alaranjados
Dançava conforme a música
Dela, a voz
A voz que ouvi na calmaria e que criou o furacão de heranças
Dos movimentos que não tive aquele dia
De como ela se levantou, seguiu em frente,
De como nunca mais a vi depois daquele dia.
As pétalas macias foram embora,
Só ficaram os galhos e as raízes
De algo plantado
No vaso do meu coração.
(sabe, eles se encontraram depois de uns cinco anos e descobrimos a versão dela do nascimento desse amor. mas a escrita parou por aí. um dia, talvez, siga.)
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