quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

O Quatro capaz de exteriorizar

           Não há como negar a sensação que você exerce em mim. Por momentos com olhos fechados, vivo de imaginar momentos dignos dessa história a seu lado. Músicas resumem o que as palavras só não conseguem expressar. Toque acústico, acompanhando os dedos que batem e deslizam nas cordas de um violão. É repetido, desesperado, ameaçador, outrora companheiro marcante e representativo da cama quente, do travesseiro pura espuma e do cobertor confortável. Era o oposto daquele vento de ventilador ligado ao mínimo pois a personagem desta história está presa num resfriado persistente. Tanto primeira quanto terceira pessoa; ambas são o cerne deste depoimento.
          O dia está mudando mais uma vez. Virar madrugadas tem se tornado tradição por aqui. Há o dedilhado no que a mente diz ser impuro para se tocar envolto em consolo e busca por satisfação. Há a figuração presente em toda e qualquer narração fictícia mesmo com embasamento real. Histórias que são capazes de contar outras histórias e clamar pelo Ser Superior também conhecido como Deus que perdoa, acolhe e faz morada no âmago das esperanças da alma. Caímos em um momento no qual as teclas são marteladas ao compasso da batida melódica. Não, não faz mais sentido, bombardeamento detrás do sorriso das fotos mais expostas se questionando se tudo aquilo é real ou falsidade. O você mencionado aqui deu esperanças a um coração imaturo em amor mesmo com o indesejável. Há gritos mentais e olhares imprecisos capazes de diminuir a confusão do escrito agora. Jamais haverá fim nesse fluxo imaterial temporal.

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