Eu tenho dentro de mim lugares imensos demais para serem escritos, prescritos, descritos. Uma praça de rotatória, na qual posso ver cada eu que já fui sentado num banco, contando um episódio que vivi. Estão praticamente todos ocupados; com sentimentos bagunçados e situações tanto engraçadas quanto sérias, de reflexão e cotidianos.
Por mais que agora esteja distante do local físico, ainda existe um em minha alma. Hoje estou com sentimentos diferentes dos de ontem, provavelmente sofrerão mudanças amanhã também. Os fones de ouvido que acompanham já não são os mesmos, nem boa parte das músicas. Para mim, esse é um ritual de visitar o passado e encontrar os eus já perdidos.
O que sou hoje? Uma aprimorada pessoa, mas em constante transformação. Aqui criei raízes e arranjei forças para inovar em muitos dias da vida. Hoje, busco respostas sobre como tenho visto um alguém. Apenas agradeço a quem pode me ajudar das memórias, sem ser despedida. Quando precisar, ainda voltarei. Não que meu consolo tenha se concretizado ali, mas talvez seja assim mesmo, passado reencontrando presente.
Talvez esperasse mais parágrafos de um maciço emaranhado de sensações pessoais ou algo do gênero, mas não. Palavras jogadas sorteadas dos quatro ventos que comandam a imensidão de um coração? Talvez, SIM, NÃO. O que seria de mim sem as eternas páginas de rascunhos que se tornam atos da peça principal? Sem rebocos, construções ou revisões, apenas por serem obras-primas relatos de um dia qualquer. Um momento, a confusão deve dar espaço a um ser decidido a ser alguém importante... Mas não hoje.
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