Aquilo que não pode ser real
seja por ser
in-alcançável
não-tangível
o lar do sentimento e da ideia
daquele que esconde
a fagulha
da perfeita história
que começa assim:
— A casa com cômodos escondidos
toda a surpresa
sensação de memória
familiar
paredes que um dia sequer
[foram reais,
foram vislumbre de
intenção
segredos escondidos por entre as roupas
das senhoras que ali moravam
que eram tão próprias
personalidades
que observam
e conduzem a narrativa
que mobília colorida
desbotada, destruída
a depender do tema do dia]
e sempre que fecho os olhos
e volto pràquele lugar
as paredes estão decoradas de novos contos a serem vividos
e voltamos ao enredo que poderia ser para sempre
[o de sempre, se continuar no dia à seguir
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