quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Amar-te por Arte

          Aquele amor poderia  muito bem ser cubista, cheio das mais variadas formas e pensamentos geométricos, se eles se encaixassem. Dadaísta? Deixaria sua essência complexa destilar-se nas coisas mais cotidianas. Tudo isso se ele existisse, é claro.
          Saltar entre quadros era amar a maior viagem temporal possível. Ou não seria armar? Ora real, ora confusão de linhas, ora certeza. Mas certeza de quê mesmo? Os contatos mais íntimos com os artistas e suas pinceladas experimentavam materiais dos mais diversos, presenciavam cenas das mais espetaculares. Vida, outrora passado, sendo presente e deixando morrer momentos para criar novos.
          Era perseguição e calmaria, arte coração e arte protesto. Pertencia a galerias, mas também invadia ruas, sendo vendida a preços exorbitantes e trocados nas calçadas. Exposição clandestina do nu artístico, do nu de alma. Comecei falando em amos, mas no geral panoramas como esse não permitem a eternidade do amar. Será devoção e integração absoluta do ser.
          Entidades, corpos expressos e a sensibilidade do amar.

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